Era pra esse ser o quarto check-in do blog, mas é o terceiro porque alguéééém (eu) estava ocupada demais com pataquadas como faculdade… e emprego… e ecoansiedade, pra escrever. Veja só! Que absurdo! Oras, bolas. Onde já se viu? Já não se fazem mais ficwriters como antigamente, uh.
Pois é, meus consagrados JeongShua shippers. Eu deitei pro desespero da vida adulta.
Bom, mas vamos lá. Por onde começar? De início, registro que esse, muito provavelmente, será o último texto da Marginália em 2024. Eu ter terminado ele foi um milagre por si só, e nem foi pra atualizar sobre novos progressos quanto às minhas fics; portanto, não terei nem energia e nem assunto pra tratar aqui por um tempinho. (
Dito isso, não estou, de todo, insatisfeita com minha escrita esse ano. Escrevi mais, e para fics de k-pop, do que pensei que escreveria, além de que posso contar com os dois check-ins publicados anteriormente pro meu total anual. Hooray! É oooouro de Rebeca Andrade!
Como hoje eu lhes trago poeira e teias de aranha, resolvi fazer um levantamento das minhas principais fics de k-pop de 2024 — até agora. Sim, só teve JeongShua; sou uma vadia previsível (๑˘︶˘๑)
[+16] “Fique perto, se quiser (você não é bem-vindo).”
First things first. Não estou satisfeita com esse título, e tenho quase certeza de que vai mudar. Por hora, é o melhor título provisório que consegui inventar, então paciência. Okay? Okay.
Dito isso, sigamos. Eu já terminei essa fanfic, porém desgostei do resultado dela e optei por refazer do zero. O rascunho da primeira versão foi redigido de agosto de 2022 a novembro de 2023, com um total de 9.211 palavras. Já em novembro de 2023, eu comecei a reescrita da oneshot (nisso, ela estava no segundo título provisório, porque eu não me contento com as ideias que tenho pra dita cuja e não é de hoje), mas sequer terminei a primeira cena, de tão encucada que estava. Minha última modificação no arquivo da reescrita foi em janeiro de 2024. Pensar em continuar com o projeto me aborrecia, bem como pensar em abandoná-lo; nessa conjuntura, eu percebi que a questão não era reescrever, mas, sim, replanejar tudo.
Por um lado, a segunda metade da fic não está ruim, e a premissa é específica o suficiente para que possa reorganizar as cenas sem me perder. Eu a replanejarei, de fato, porém reaproveitando bastante.
Na oneshot, conta-se a história de Joshua Hong, um homem transgênero pai solteiro de Haeun. Haeun, de 4 anos, é paciente oncológica, diagnosticada com retinoblastoma unilateral, e possui um hemangioma no rosto que a torna vítima de bullying na escolinha. Joshua trabalha num restaurante clandestino.
Yoon Jeonghan é líder de uma gangue local, junto de Soonyoung; do grupo, fazem parte o Mingyu, o Wonwoo, o Hansol e o Seokmin. Os seis assaltam a casa de Joshua, levando brinquedos bem conservados e comida da despensa, e no que fogem às pressas, levam consigo, também, documentos que revelam o caso clínico de Haeun. Os delinquentes se sensibilizam, e decidem devolver os itens… e pedir desculpas. Isso tudo é baseado no relato que vi no Pinterest, que eu não sei se é real.
Joshua tem muito com o que se preocupar, é claro, e fica nada feliz com a pachorra de Jeonghan e cia. Ele mói o Jeonghan no soco várias vezes, hehe. Não, mas é sério: o Jeonghan apanha tanto que o pessoal acaba por intervir, um outro se envolve, a situação escalona… enfim, é todo um rolê.
Da primeira versão falha para as minhas reflexões quanto ao que eu quero que a nova versão seja, um dos pormenores foi a jornada interna do Jeonghan. Essa fic é narrada em terceira pessoa limitada, e algumas cenas são do ponto de vista dele. Inicialmente, sua psiquê estava nebulosa, tornando a história superficial e até meio confusa; em contraste, agora essa introspecção sai do pano de fundo, e o itinerário emocional da personagem costura, ao enredo, a exploração do egoísmo como motivação.
Yoon Jeonghan é um rapaz egoísta (nessa fic). O que não funcionou antes foi, a rigor, a desimportância do mundo interno dele. Eu achei que a melhor maneira de contar essa história seria focar na ação, mas errei. O egoísmo dele é relevante, feio do jeito que é, desagradável do jeito que é. No fim, a fic deixa um gosto amargo na boca do leitor, algo do angst e do trágico… porém faz sentido pra trama.
Ele é do tipo que diz “eu quero, eu vou”, e quer, e vai, independentemente do que pensem ou se afetará alguém de forma com a qual ele, inevitavelmente, terá de lidar no futuro. Essa agência toda movimenta bastante os meus enredos, mas também me desafia a balancear o avanço da ação com as pausas e imersões da reação. Curiosamente, antes eu desgostava de personagens assim, mas me maravilhei pelo dinamismo que elas trazem às histórias. Por um ângulo, a viabilidade duma cena onde a personagem forçosa controla-se em prol da parceria; por outro prisma, o evento revoltante, mas engajador, da personagem que passa do limite. O que vem a seguir? Como a autora trabalhará esse empasse? São essas as perguntas que surgem no leitor, e brincar com isso é divertidíssimo, não nego. You hate it, you love it, you can’t ignore it.
Enfim, a fic tem me estressado tanto, há tempos, que eu ia redigir um texto só pra ela, aqui no Marginália. Não vou mais — o que eu tenho a dizer da fic, eu disse hoje, nessa seção. Agora, me resta escrevê-la.
[15/04/2025] Olá, querido leitor! Como eu desisti de explicar disso no texto que postei hoje, e partindo das notas que adicionei aos textos mais antigos do Marginália, te resumirei a situação dessa fanfic: não joguei os arquivos fora por apego ao trabalhão que eu tive pra rascunhar as quase dez mil palavras da versão zero, mas, sinceramente, acho muitíssimo difícil que eu retome essa fic... é mais jogo, pra mim, doar o enredo.
[+18] “Tu, laranjeira, e eu, terra-preta molhada.”
Iniciei essa fanfic em maio de 2024, depois de muito tempo querendo escrever algo com mandrágoras ou dríades. Eu cismei com laranjas, não me pergunte o por que, e quebrei bastante a cabeça pra pensar num título que tivesse essa palavra e que me agradasse. Se me perguntarem, diria que visualizo a capa dessa oneshot com a ilustração de uma mandrágora tal qual as dos antigos livros de contos de fadas.
O Jeonghan da fic tem mais ou menos a aparência dos espíritos naturais que você encontra no Pinterest, com um fruto na coroa do couro cabeludo — ah, importante frisar que eu pesquisei sobre a anatomia de plantas e frutas só pra descrever um mísero trecho da fic, isto é:
“No topo de sua cabeça havia uma laranja do tamanho de um punho fechado. Seu pedúnculo elevava-se um palmo acima, com duas folhas o ladeando, e uma tímida flor no topo. Como aquela era a fonte de vida da espécie de Jeonghan, Joshua não podia mexer ali, porém ele depositou um beijinho voado na direção do fruto, cujo ar quente, com certeza, alcançou Jeonghan, dado a forma como ele se agitou e enrubesceu.”
Confesso que me senti de volta ao ginasial, porém foi por uma boa causa.
Nessa história, Yoon Jeonghan é a “materialização humanizada” de um pé de laranjas. Enquanto espírito das árvores, ele tem poder sobre outras plantas, não sencientes, que existam em seu território. Jeonghan foi danificado há algum tempo, e Joshua, que é botânico, o resgatou e plantou-o na sede do instituto onde ele trabalha. Desde então a entidade recuperou-se, e se apegou a Joshua.
É isto, gente, a fanfic é essa. Deposito a culpa no tanto de fanfic com temas escabrosos e bem lubrificados envolvendo formas elásticas, cilíndricas e musculosas, que eu leio no AO3; na minha versão, as reles heras terão de dar conta do recado, mas teremos Shua suspenso no ar fazendo indecências em horário comercial!
Sim, esse título é uma piadinha tosca; o Jeonghan planta as suas sementes em Joshua. Ou, pelo menos, ele quer plantar, mas se consegue, ou não, já é um conto pra outra fanfic.
[15/04/2025] Nota da autora!
Para fins de prestação de conta, declaro que havia uma seção de trezentas e poucas palavras, aqui, sobre uma oneshot que eu abandonei e da qual não quero elaborar sobre. Quem leu, leu, e quem não leu, não lerá mais. My blog, my rules.
[+18] “Suas garras manchadas do meu sangue.”
Dos meus projetos JeongShua, essa fanfic é a mais complicadinha. Eu comecei ela em fevereiro de 2024, rascunhei um pouco mais de três mil palavras, e até fiz umas edições simples para representar a estética que eu proponho pra história. Tenho algumas criaturas mitológicas com as quais sempre quis trabalhar, entre elas o dragão. Pra essa fic, eu misturei um pouco do folclore dos dragões com o das fadas irlandesas, e disso nasceram as… fadas-dragões. Yup, that’s right.
O conto se passa em Amaryllis — o exato reino de “Sem honra”, sim! —, envolvendo a realeza do reino. Joshua Hong é um dos pouquíssimos sábios que entende sobre os seres do Outro Mundo que habitam as ruas e florestas locais, porém ele vive numa era de generalizada descrença. Sendo assim, o rei, pai de Chwe Hansol, invade a floresta de Lisianto na intenção de minerar seus metais e pedras. Como o maior sábio da era, Joshua é responsável por impedir que a nobreza desrespeite solos sagrados, porém ele falha. Por conta disso, uma fada-dragão visita o palácio.
Como não poderia deixar de ser, essa fada-dragão é Yoon Jeonghan; uma criatura ardilosa, poderosíssima e bastante impaciente com humanos. Ele levaria Hansol como aviso e punição, mas Joshua foi ama de leite do príncipe quando pequeno, e não consegue deixá-lo ir. Joshua se oferece no lugar do rapaz, e Jeonghan, estranhamente… aceita, sem pestanejar.
Dali em diante, nós acompanhamos a vida de Joshua como convidado de honra de Jeonghan no Outro Mundo. Ele precisa aprazer Jeonghan, para que Amaryllis não sofra as consequências de sua negligência enquanto sábio protetor do oculto, porém sem perder a si. Com o passar do tempo, o laço entre os dois se estreita e torna-se carnal; entrementes, Joshua tem sentimentos ambivalentes em relação a Jeonghan, ao contrário do assombro, que, cada vez mais, anseia por Joshua.
Ah, ele tem uma cauda. Óbvio que ele tem uma cauda. Eu não perderia a oportunidade de escrever uma cauda. Só tenho a dizer que a cauda dele é muito divertida pro Joshua.
Essa fanfic não tem um final muito feliz, não. O clímax se relaciona com a razão pela qual Jeonghan admitiu Joshua como troca equivalente ao príncipe de Amaryllis, e, como sabemos, eu gosto de escrever ele sendo meio possessivo (marprá mais do que pá menos, cof cof), o que não termina tão bem. Em minha defesa, o Jeonghan é a porra de um dragão, então está liberado que seja territorial, okay?!
Numa segunda parte que não vai acontecer, eles até poderiam reatar… mas, êh.
Sim, essa fanfic será uma oneshot*, e uma bem longa que eu devo demorar uns cinco anos pra terminar, porém isso não me é nenhuma novidade então sigamos. Oh, e o Lee Chan aparece (eu amo ele).
Sabiam que o nome no registro da família Lee, dele, é Lee Jungchan? Uma vez vi alguém comentando isso no desfalecido Twitter — que os adeuses da deepweb o tenha —, mas achei que fosse zoeira; pior que um episódio de Going Seventeen, aí, confirmou a veracidade da informação. Tô passada!
Yoon Junghan… Lee Jungchan… is that a pattern I see? Ay.
[*] Bom, até então a ideia é publicar ela como oneshot, mas se ela acabar tragicamente longa (como eu imagino que ela vá terminar), vou postar ela separada pra ficar mais fácil de ler. O foda é que postar textos é uma grande dor de cabeça, né, no Spirit e no AO3; eu tenho que ficar consertando a formatação, uó. No entanto, a narrativa tem a estrutura de uma história que se conta de maneira corrida. Creio que ninguém liga pra isso, porém eu quis registrar mesmo assim.
Preciso sentar e organizar todas as ideias para construção de mundo que eu incluirei nessa fic. Isso dará um texto bacana pro Marginália! No mais, lembre-se: não confie nas fadas-dragão, caro leitor.
[+18] “Tenho sede de você.”
Por fim, essa querida aqui que eu comecei em novembro de 2023 e mexi, pela última vez, em janeiro de 2024. Taaaalvez ela esteja um cadinho abandonada, rs. It happens to the best of us.
Interessantemente, é um trecho dessa fanfiction que eu uso de capa no meu perfil no Spirit. Fui eu quem fez a edição, por isso que ela é hiper simples e meio capenga, mas cumpre seu propósito. Como as imagens que eu escolhi sugerem, a fic se passa em ambiente acadêmico — só que, aí, o pulo do gato! Bam! Todos os alunos são adultos cursando o Neja! E então, outro pulo do gato! Bam! Yoon Jeonghan, o líder de torcida, tem ginecomastia! Woosh, kapow, bang! Bang, bang!
Okay, chega de sonoplastia.
Jeonghan é o capitão dos líderes de torcida, e ele é um bissexual afeminado extremamente autoconfiante. Numa festa qualquer, ele conhece Joshua, eles se pegam com vontade, e Jeonghan fica sedento por mais. Contudo, Joshua fica um bom tempo sem aparecer na escola… apesar de ser um voluntário assíduo. Um dia ele ressurge, e Jeonghan descobre que o seu sumiço é por Joshua ser vítima de perseguição homofóbica. Sendo assim, Jeonghan, que só queria rever Joshua pra ter uma recaída, usa de suas conexões para protegê-lo, e nisso que os dois passam mais tempo juntos, Jeonghan acaba se apaixonando pois é óbvio que ele vai se apaixonar pelo Joshua, né, gente, pelo amor de deus. E é isto, família.
Essa é a fanfic. Um beijo!
[*] Nos check-ins, existem algumas fics citadas que não foram incluídas no post de hoje. Infelizmente para alguns, talvez, não pra mim, elas foram devidamente engavetadas °˖✧◝(⁰▿⁰)◜✧˖ É isto.
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Hm, listar essas fics foi meio embaraçoso… que tanta fanfic +18 é essa, meu deeeus—
Lemme tell you something, lemme tell you something, lemme tell you something! Eu sei que a impressão que fica é de que eu sou uma baita pervertida (uma meia verdade, confesso), mas eu tenho, sim, ideias pra fics que Não São smut, okay?! Porém são todas de fanfics longas, e eu não quero ter esse trabalho, então acabo assumindo, só, as oneshots. Que, em sua grande maioria, eu concebo no período fértil. Ay. God forbid a woman have hobbies, uh… well, anyway. Basta de ficar me explicando.
Quando eu vou terminar as fanfics? Nem uma cartomante saberia responder.
Como não poderia deixar de ser, devo menções honrosas para “Sem honra” (Spirit, AO3) e “Hungry Ghost & Tasty Magnet” (AO3). Estou pra escrever a continuação de ‘Sem honra’ há tempos, mas não consigo matutar um enredo… aaah, mas pra escrever sapeca-yayá tu consegue, né, safada?! Sim.
Okay, talvez eu tenha alguma culpa interna pra desconstruir. Deixo na conta do trauma religioso, ou do deturpado senso de merecimento artístico que coloca o erótico como algo menor? …Well, anyway.
Até 2025, companheiros JeongShua shippers e demais simpatizantes. Beijos!
Confira, também:
Check-in #3: 15/09/2024 — o investimento dum Guaracamp e um pastel » Você está aqui.
2.595 palavras.
Total de palavras publicadas na Marginália em 2024: 6.556!