Marginália da Zilli

Certo dia acordei com siricutico no dedo e vontade de passar o pente fino na minha pasta de fanfics em andamento, então o tema da vez é este. Aproveitarei pra deixar registrar premissas de algumas histórias, caso interesse a alguém… o pessoal faz isso de vez em quando, não? Sou grande advogada da circulação de narrativas e ateu de propriedade intelectual, de fato.

Eu refleti múltiplas vezes porque sou uma pessoa inflexível, e, pra mim, é difícil largar de mão das coisas, mas, no fim, até que limpei bem a minha pasta de fanfics de k-pop.

“Hungry Ghost & Tasty Magnet.” Essa fanfic, em inglês, está publicada no AO3. Existe a chance maior que zero de eu terminar a continuação que prometi (pois o enredo abre trela para, pelo menos, mais um capítulo), porém, assim como com Sem honra, será demoraaado…!

Conta a história de Joshua Hong, um reles mortal vítima do capitalismo, gente como a gente, com a desagradável particularidade de que ele consegue enxergar fantasmas. Jeonghan é uma criatura espectral prima dos ceifadores, e, num golpe de sorte, ele encontra Joshua, que é um ímã espectral (então não, a sensibilidade espiritual dele não é à toa). Sendo Jeonghan um tipo de fantasma, e Joshua um ímã desses não-seres… Jeonghan faz o que qualquer Jeonghan em qualquer linha do tempo faria: ele se gruda ao Joshua, torcendo para que o tipo ideal dele seja homens patéticos e possessivos com libido alta.

Quando escrevi a primeira oneshot eu senti que não faria sentido desenvolver o romance em si, então a ficlet terminou sendo uma prévia da dinâmica deles; uma degustação, diga-se. Já no segundo capítulo, ou ‘segunda oneshot’, meu objetivo é expandir isso. Eu gosto da narrativa, e tenho outra ideia que envolve uma AU de fantasmas e anjos ceifadores (ou figuras proto-angélicas) que só poderia ser desenvolvida numa fanfic mais longa, shortfic ou longfic, um compromisso com o qual não vou me enrabichar por razões de: sem tempo, irmão!

Pois é, até que eu gosto da mitologia angelológica, apesar de ser agnóstica. O que é engraçado, considerando que já li Angelologia, da Danielle Trussoni, e eu detestei esse livro. No Skoob ele tem uma média de 3.8 estrelas, aí chega eu, com 1.5 estrelas e olhe lá.

Não pensei profundamente no que ocorrerá na parte dois da fábula, mas já sei que terminarão juntinhos então pode-se esperar, pelo menos, o desenvolvimento do ship.

“Sem honra” e “Com zelo”. É meu xodó JeongShua, pois foi a primeira fanfic deles que consegui terminar — foi o primeiro conto que eu finalizei em anos, num geral! —, e, portanto, eu levo no coração a promessa de publicar a continuação da história. Já até recebi alguns comentários no Spirit, fiquei grandemente feliz com isso! Demorei tanto porque não estava tendo ideias… mas agora eu tenho, e até montei a outline, ó; falta escrever, que é o mais difícil…

Conforme comunicado, a continuação se chamará Com zelo, e nela os JeongShua ficam juntos. O enredo de Sem honra se trata de Joshua se oferecendo para um casamento político ridículo em troca de receber ajuda bélica dos lobisomens que habitam a floresta de seu reino, há muito caçados pelos humanos e, portanto, odiando-os fortemente, sendo que, em Com zelo, Joshua retorna ao castelo real e mexe seus palitinhos diplomáticos pra garantir que os lobisomens, de fato, sejam integrados ao corpus sociolegal amaríllio. Jeonghan nããão conseguiria se importar menos com os lobisomens que tanto o destrataram, então ele só quer saber de seduzir Joshua. É sério, ele fica bem assim: “Trabalhou muito hoje, maridão? Olha só o que tem no menu.” [Insira aqui um Jeonghan pelado em cima da cama, com uma rosa na boca.]

Shua não se impressiona muito, afinal ele sequer cogita tratá-lo como mais que um colega de classe, e seguimos com a determinação de um capricórnio versus o fogo de uma libra.

“Tu, laranjeira, e eu, terra-preta molhada.” É um enredo bem fofo, apesar de se tratar de uma fanfic smut, por isso tenho um apego a ele. Ela está com um pé na gaveta de ideias jogadas às traças pois não ando com o combo da sorte de libido mais criatividade necessários, e do jeito que as coisas andam no mundinho realidade nua e crua da admin, seguirei nesse pique. Apesar disso, eu realmente gosto da premissa — é uma ótima oportunidade de eu escrever dríades, os seres mitológicos mais lindinhos das florestas! Ou estufas, claro.

Caso lhe interesse, o ‘enredo’ conta a breve historieta de Joshua Hong, o botânico responsável pela estufa onde a dríade que atende por Jeonghan reside. Jeonghan é amoroso e sapeca, mas bastante cooperativo, então Joshua cede aos seus caprichos como recompensa. Dessa vez ele passou um tempinho fora, e Jeonghan sentiu sua falta… e ele tem total intenção de cobrar-lhe cada minuto de atraso, e, quem sabe, guardar uma ou duas surpresas dentro de seu humano favorito… mas não foi eu quem te disse isso!

 

 

Por alguma razão, me sinto bastante constrangida de falar das ideias para fanfic smut que eu já considerei escrever… como não sou obrigada a nada, optarei por deixar quieto.

 

“Grande sede por ti.” Essa querida já passou por vários títulos provisórios, coitada. Conta sobre Joshua, um fotógrafo voluntário num colégio para jovens e adultos, e Jeonghan, o voluntário chefe dos líderes de torcida desse mesmo colégio; Shua sofre agressão de cunho homofóbico, e Jeonghan, que já estava de olho nele, o acolhe nesse momento e não larga mais. Embora o início tenha essa nota triste, a fanfic, em si, é um romance romântico fluffy (e sexy). Um amor, sério!

Não quero desistir dela, mas também não tô a fim de trabalhar nela, por hora.

“Suas garras, manchadas do meu sangue.” Jeonghan como criatura dracônica é um conceito, e nós precisamos falar mais disso. Vocês estão prontos para esta conversa, sim! Desse modo, eu juntei o útil ao agradável e matutei as fadas-dragão: seres ridiculamente poderosos, que tanto têm seu pé na lore das fadas irlandesas quanto na dos dragões da cultura midiática popular. O Jeonghan é uma espécie de guardião da floresta de Lisianto, local sagrado que a atual coroa de Amaryllis — sim, o mesmo reino das outras fanfics porém numa realidade alternativa, enfim —, conversando com seus botões e as vozes da própria cabeça, decidiu que seria ótimo minerar. No devido estilo Jeonghan, ele visita o castelo real e taca o terror… só que, ao invés de levar o príncipe Chwe Hansol como refém, ele opta por levar a ama que cuidou dele, Joshua Hong?!

Óbvio que tem uma boa explicação pra isso, e não, o Joshua não é uma mulher nessa fanfic; é um homem transgênero, por isso pôde amamentar o Hansol no passado. O enredo dessa fic me deixa orgulhosa de mim, mas é um caralho difícil da porra de terminar. Jesus!

Tem uma putaria sem tamanho de construção de mundo que ela exige, por isso engavetei. 

Quanto às fanfics anteriormente mencionadas por aqui, mas não listadas nessa seção, pode considerá-las excluídas do rol de possibilidades. Minhas fanfics engavetadas têm chance de virem a luz do dia no futuro; todas as outras, não.

Seção em construção… tô com preguiça de terminar agora, lamento.

 

 

※

 

Cada vez que eu abri a pasta de fanfics em andamento, mais projetos foram pra lixeira. No fim, sobraram bem poucas (tirando a lista interminável de ideias anotadas no celular), mas eu tô de boas com isso; acho, até, melhor assim. Fico menos perdida quando a abro.

Boooa tarde, estimados leitores! Não, sequer cheguei perto de terminar todas as marginálias que preciso anotar enquanto fanfiqueira; apesar de estar numa época de hibernação criativa, seguimos aí. Hoje é dia de Páscoa, né? Feliz Páscoa, feliz, feliz. Hoje eu tô animada porque o sol não está torando o meu cangote, e tive ideias legais do que trazer pro blog. Esses tempos não tô lendo fanfics, eu ando é enfurnada no Bato.to, devorando webcomics e me estressando com certos comentários, affs. O que vocês têm feito?

Espero fechar 2025 com, pelo menos, Com zelo e Hungry Ghost & Tasty Magnet: Chap. II. O que vier a mais, é lucro; mas mantenho-os maisoumenos avisados por aqui, hehe.